segunda-feira, 25 de abril de 2011

Desolada

Não era isso que eu estava pensando,
Não era isso que eu estava sentindo.
Então porque me atormenta tanto ?
Por que não sinto mais a brasa ?
Eu queria ter esperança,
Voltar a ser criança.
Queria sorrir e me divertir.
Eu queria que o tempo parasse,
Mas que a monotomia não chegasse.
Que o vazio fosse embora,
Eu mal vejo a hora.
Talvez entender um pouco mais,
ou compreender um pouco menos.
Algo que não me deixasse com a sensação de pequena.
Aqui bate um coração feroz como os outros,
Frágil como todos,
E lento como ele próprio.
É quente, é meu e talvez, seu.
                                      

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Acaso Inevitável - Parte 2


    Tentei não deixar transparecer meu medo, por está sozinha numa rua deserta e mal iluminada e com dois psicopatas atrás de mim.
_Oque querem ? Fui logo perguntando, me encorajando de uma maneira espantosa, como eu nuncatinha feito. Ao que eles me responderam:
_você, boneca !
    Fiz cara de desentendida, me tremendo por dentro, e virei a cara. Mas eles não se deram por satisfeitos. Um seguros meu braço e outro enfiou uma espécie de lenço na minha boca, provavelmente para me fazer calar. O lenço cheirava mal e tinha um sabor salgado.
Eles me carregaram e eu não fui contra. Mantive-me calma, mesmo com o coração saindo pela boca. Puseram-me numa caminhonete espaçosa e acelelaram, cantandp pneu.
Chegando em algum lugar fizeram questão de tirar-me um lenço. Mas não tiraram a venda. Meus gritos de dor os instigavam davam-lhes prazer.
    Lembro que dali não saímos. Só que pararam a caminhonete em algum lugar deserto, onde eu sentia cheiro de mato e ouvia cantos de grilos. Abriram com força as minhas pernas e cada um segurava uma. Eu não lutei, pois sabia que de nada adiantava. Deixai que eles fizessem o que estavam pretedendo.
    De fato, gritei bastante, pois seus movimentos eram brutos e fortes. Achei que ia morrer. Na verdade era o que eu queria naquele momento. Assim não sentiria nada. Mas quanto mais eles faziam, mais parecia não ter fim. E o meu corpo suado e sujo, já fraco diante daqueles que me violentaram. E eu pensava em tantas coisas...
    Tentava pensar em algo bom, mesmo naquela situação.
Eu vi rosas, arco-íris, paisagens bonitas, sol, mar... Fechava os olhos para realidade, que era fria e crua. Rezei e me sentir um pouco mal, por rezar só em momentos ruins. Queria uma ajuda pois aquilo era desesperador. Queria sair viva, mesmo sabendo que aquilo ia me perseguir durante toda minha vida.
    Acordei no chão seminua, com a roupa rasgada. Eu estava em um deserto, cercado por mato. Ainda sentia dores em todo meu corpo. Eu estava em uma situação infeliz e não sabia sair dali. Então andei sem rumo, sem saber para onde ir. Depois de muito andar encontrei em um riacho. A água me parecia limpa e nela mergulhei. Naquele riacho eu não limpei apenas o meu corpo e sim a minha alma, que estava suja e comrrompida.
    Arrependo-me de ter saído de casa e ter voltado aquela hora. Mas quando algo está predestinado para acontecer não podemos negar. E vou levar isto comigo até meu coração parar de bater.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Acaso inevitável - Parte 1

    Eram 21 : 00 horas e as ruas já estavam desertas. O ônibus que eu tinha pegado estava lotado, apesar da hora. Desci rapidamente e sozinha. Para meu azar ninguém do mesmo ônibus descia na mesma parada que eu. Fui andando pela calçada do lado esquerdo, sempre olhando para trás e com um passo mais apressado. Aliás nunca iria andar tranquilamente numa rua deserta, mesmo estando acompanhada.
    Eu não gostava de ter homens a minha cola, me seguindo o tempo todo, como meu antigo namorado fazia, mas nessa hora era o que eu mais pensava, uma companhia masculina. Se acontecesse algo não poderia fazer muitas coisa, mas eu não iria chamar tanta atenção como chamo quando estou sozinha.
    Minha casa não era tão perto, nem tão longe da parada. Eu tinha que andar uns dez minutos para chegar. Dobrei a esquina da rua que estava seguindo e vi ao longe, num boteco de esquina, bêbados sendo enxotados. Estava cedo demais para se fechar um boteco, mas creio que esses bêbado estavam atrapalhando ou não quiseram pagar a conta.
    Vendo uma situação de longe sempre imagino o que seja. Mas voltei para o meu foco; chegar em casa o mais rápido possível. Novamente pela calçada do lado esquerdo fui andando apressadamente, olhei para trás e vi do outro lado da calçada dois homens, bem vestidos, de gravata, provavelmente voltando de alguma audiência que durou o dia inteiro. O silêncio entre eles transpassavam para mim, o quão exaustivos fora o dia deles. Deu-me vontade de ir logo atrás deles, para ter um pouco de segurança. Mas quando olhei para trás de novo, eles já não estavam mais ali. Imaginei que o destino deles era naquela rua e eles entraram em alguma casa por ali.
    Com medo de não ter mais uma mísera companhia, andei mais rápido do que estava andando. Ouvi passos atrás de mim e quando olhei eram os dois homens de gravata:
_Onde pensa que vai boneca?
    Achei que era graça, por notarem que eu estava com medo, mas não era. De perto pude ver seus rostos, pareciam psicopatas, que transmitia vontade de fazer algo diferente naquela noite. E eu achando que poderia ficar segura ao lado deles.
                                                                                                                                          (...)
                                      Como o texto é muito grande resolvi dividi-lo por partes.
                   

Dias frios.

                                                               

Num dia, de repente, a gente acorda pra vida. Não exatamente isso, mas acorda, porque tem que acordar, afinal, são três horas da tarde e você não deve ficar até essa hora, pois não é saudável, e também porque você perdeu praticamente o dia todo. Certo, você já acorda sem sono, porque dormiu dez horas, mas quando realmente acorda, abre a janela, olha pro céu, vê aquela imensidão cinza, procura por algo azul e é totalmente inútil, você pensa mais uma vez: Deveria ou não deveria ter saído da cama?



Dias frios nos remetem a tempos passados. Nos fazem refletir, pensar bastante e dá aquela nostalgia. Dá também vontade de escrever. Não sei porque, não sei se é só comigo, mas quando eu olho pro céu, sinto o friozinho, me dá aquela vontade de escrever. Escrever coisas sem sentido, escrever sobre o dia, o tempo, o que tá acontecendo...Isso é tão estranho. Parece que tudo no mundo é estranho. Você não tem vontade de fazer nada, não tem vontade de sair de casa... Não há coragem em dias assim.

                                                                      

Por onde andam os meus pés?



Não sei onde os meus pés foram parar.
Eles andam por si só.
E me levam a lugares nunca visitados.
Lugares estranhos.
Lugares vazios.
Sem dor nem amor.
Eles andam conforme o dia.
Se o dia está ensolarado,
Eles andam calmamente.
Aproveitando.
Se o dia está chuvoso,
Eles andam apressadamente.
Com medo.
Como se algo os perseguisse.
Mas meus pés gostam muito de andar.
É claro! É pra isso que eles servem.
Um é companheiro do outro.
Um ajuda o outro.
Quando um está no chão, o outro está no ar.
Eles preferem andar nus.
Assim, têm mais liberdade.
Um dia, não percebi...
Mas meus pés tinham sumido.
Ninguém sabe, ninguém viu.
E com toda a liberdade que eles tinham,
Acabaram achando seus caminhos.
Juntos sempre andavam.
Juntos sempre andarão.
E hoje eu ainda não sei
Por onde andam os meus pés.
                                                       

Quase um agradecimento; quase uma declaração.

 Com ele eu aprendi que quando machucamos alguém, devemos pedir perdão. Essa foi a primeira lição entre tantas outras que durante todos esses anos ele passou. Pergunto-me como eu seria hoje, sem seus ensinamentos. É meio impossível responder algo assim, pois não me vejo como outra pessoa sem essas lições. Ele foi meu professor da matéria chamada vida. Sempre foi sábio, inteligente, um quase filósofo e sabia como usar as palavras em diferentes níveis, com diferentes pessoas e sabia dosar a intimidade na hora certa. Porém não foi só a mim que ele cativou. Muitas pessoas o admiravam, não só pelos seus ensinamentos, mas pela sua garra de viver, superação e paciência com problemas. Ele era apenas um mero taxista. Em seus tempos livres, o que eram poucos, ele usava da melhor forma possível: em palestras. Percebi o quanto esse homem nunca foi egocêntrico. Pensava nas pessoas, em seus problemas e sempre tentava ajudá-las. Em suas palestras, todos o ouviam atentamente, sem sequer virar para comentar, ou levantar-se para ir ao banheiro. Era incrível o poder que ele exercia com suas palavras. Ele prendia qualquer um que fosse, até alguém muito impaciente. Para mim, ele era um mágico, um mago, um artista de peso, que o mundo ainda não conhecia. Subia e descia ladeiras em busca de ouvidos para sua profetização. É claro que em menos de cinco minutos, já tinha sua atenção esperada. Inúmeras vezes notei em seus olhos algo esplendoroso. Era ali que estava o seu segredo. O olhar. Nunca pedi para ele me ensinar como ser assim. Eu não me arriscaria a isso. Só havia ele, ele era o domador de palavras, ele era o símbolo mágico da essência da razão. Faltam-me palavras para descrever o quanto ele era especial para mim e para todos. A importância de seu “povo” estava intrinsecamente em sua alma. Ele me deu coragem, força para viver. Ensinou-me o que é justiça. Deu-me graças, constituiu-me de elementos para a vida. Sou grato a ele, hoje e sempre, meu único e eterno.
                                                

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Seja um modelo

Esteja aberto para conhecer, sem esquecer de sempre preservar o que você realmente é.
Qualquer informação que chegue que chegue até a gente começa a ser boa e valiosa quando queremos olhar para ela.
Seja lá qual for sua atitude lembre-se sempre que um exemplo seu vale mais que mil palavras.
Você é um modelo quer queira quer não. Então respire antes de optar pelos caminhos de sua vida.

Isto é uma troca. E uma troca sempre tem muitos ganhos ambos os lados. Gostaria que soubesse que todas essas palavra não fazem menor sentido sem a sua ação.
Não passe uma vida sem busca, aproveite o melhor que ela tem para te dar e oferece-a o melhor que tem dentro de você.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Lembre-se

    Se você procurar a felicidade em algo, você nunca será feliz.
Porque quanto mais voce procura, mais você quer e nunca terá tudo que quer; portanto, nunca será feliz. Pare de idealizar tanto sobre algo que é tão incerto e que conforme as pessoas e as perspectivas que elas tem muda muito.
Não estou dizendo que é para você se contentar com pouco, ou com meios-amores, não!
Estou dizendo que é para você buscar a beleza no de hoje, nos momentos felizes, e não buscar somente naquilo que não tem.
Valorize mais aquilo que tem, com o tempo se tornará tão importante que irá suprir o que nescessariamente você "precisa".
Não está bom? As coisas não estão como você queria? MEXA-SE!
Reclamar não ajuda em nada, só te fará parecer um folgado que espera que o mundo gire e as coisas caiam no seu colo. E, [óóói] não é assim que as coisas funciona.
Você até pode encontrar alguém que te ajude, que te apoie, mas ninguém suporta um bundão folgado que tem medo de enfrentar tudo a vida toda. Todo mundo tem limites.
Por mais que falem, e te façam juras eternas, ninguem vai te mudar, ninguem vai te apoiar a vida inteira, ninguem vai suportar levar um marmanjão que precisa de cuidados a vida inteira.
Portanto, cresça com a vida!
A vida é uma escola constante. Aprenda com ela em vez de reclamar da matéria! Domine-a e tire um 10 brilhante! E um 10 significativo para VOCÊ, não para a sociedade.
Um 10 de felicidade inteiror, de satisfação, realização consigo mesmo. Não do que a sociedade julga correto ou uma vida interessante, nada disso importa se você não estiver bem consigo mesmo.

Apenas reflita.

intensa, por si só

 Não busco ser perfeita, não busco ser a melhor, aliás, não busco por nada! Não busco nem a mim mesma! Apenas quero ser, ser, ser. Sem medo. Sem medo de temer, sem medo de fugir, sem ter que esconder. E mostrar, de sorriso aberto, de confiança inteira, a quem quer, ou não, ver quem sou. E que não tenho medo de esconder. Não tenho medo de me deixar aparecer em momentos indelicados, em lágrimas que tanto engulo, em estouros gritantes que tanto causo.
EU SOU INTENSA.
Respiro intensamente, ajo intensamente, AMO intensamente. Meus sonhos são algo maior que o além, minha vontade não depende de ninguém, minhas palavras não são medidas. Ajo, compro, falo, sem remorsos, muitas vezes, sem pensar! Porém, não lembro de nenhum arrependimento. Deve ser porque nunca fiz algo que não quis, hm.
Somente ajo como quero, e sou, sim, muito díficil de se lidar. Sou, sim, muito mandona, muito chata, muito mal-humorada, muito eu, muito muito muito eu, ou não? E não troco por nada, por mais que me machuquem, que não me entendam, estarei aqui, como sou. E apenas isso. Apenas como sou.
Tendo esperança sempre, rindo com a felicidade mais verdadeira do mundo, engolindo lágrimas que odeio mostrar, gritando igual uma retardada louca sem controle pra quem eu achar que merece, e assim por diante.
Não tenho culpa se muitas pessoas não aguentam ouvir um "não" altamente sonoro, meus pensamentos bem esclarecidos, e o meu lado bem posto e firme. Serei sempre assim, e, sabe, felizmente, não mudarei por ninguém. Não diminuirei por ninguém. Serei uma louca desvairada que é controlada por impulsos sentimentais para sempre! E, quer saber de mais uma coisa? Não me arrependo.
Amo-me assim, amo-me como jamais amarei ninguém! Orgulho-me de mim mesma com um certo narcisismo exagerado, e, sou feliz, mesmo ninguém querendo, mesmo todos me amaldiçoando, sou feliz assim.
Sou feliz sendo intensa. Expressando, gesticulando, falando, gritando, tudo ao mesmo tempo. Porque tudo em mim é intenso, minha vontade de liberdade, meu desejo de alguém, minha felicidade. Até minha trsiteza é intensa, meu ódio, meu carinho, meu fogo, minha vontade de ficar quieta! São tantos, são todos!
Grito, sou, amo. Tudo muito, muito, muito, intensamente.

                                                            '' Me amo do jeito que sou ''

O aniversário da garota estranha.

Era dia do seu aniversário e ela se trancou em seu quarto. Não gostava muito desse dia. Sempre se sentira mal. Odiava os sorrisos falsos ao seu redor. Abraços eram por ela repugnados, mas só nesse tal dia. Era sempre a mesma coisa: “Feliz aniversário! Tudo de bom, saúde e paz!” Ela já estava cansada da mesmice. Queria algo novo, mas parecia a ela que as pessoas não tinham criatividade. Surpresa? Não, isso ainda era pior. Achava ridícula a cara de babaca que todos faziam ao vê-la entrar. Mais ridícula ainda era a fotografia que tiravam dela quando acendiam a luz na hora da surpresa. Todos esbanjavam sorrisos, mas ela não. Era fechada, recatada. Sentia certo incômodo por dentro. Ela queria que notassem seu desinteresse por essas coisas banais e prestassem atenção no que ela tinha dentro se si. Ninguém sabia que pequenas coisas eram a ela de grande importância. Que uma simples barra de chocolate ou seu salgadinho preferido a fazia feliz, pela simplicidade e pela lembrança. Que um pouco de atenção bastava. Que a indiferença era uma facada em seu peito. Que o que ela sempre mostrara por fora não tinha absolutamente nada a ver com o que ela tinha dentro de si. Não, ninguém sabia. A achavam estranha, sombria e com certo ar de mistério. Mas ela era assim, desde que nasceu.
Então, sozinha em seu quarto, enquanto algumas pessoas estavam a sua espera na sala de estar, ela se olhou no espelho e riu consigo mesma. Sou louca, doida de pedra, admitiu. Mas gostava de ser assim. Era original. Não existia ninguém assim. Pelo menos ela achava isso. Sorriu para a sua imagem no espelho e se achou estranha, concordando com o que falavam dela. Seu rosto estava diferente. Ela tinha mais um ano de vida para carregar nas costas, até o ano posterior. E assim seria. E foi com seu jeito estranho de ser que ignorou a todos. Cantou parabéns para si mesma, em meio a lágrimas, que não sabia distinguir se eram de alegria ou de tristeza. Soprou uma vela imaginária, fez um pedido, comeu uma fatia do seu bolo de morango, trocou de roupa, apagou a luz e foi dormir. O amanhã era outro dia.