segunda-feira, 27 de junho de 2011

20/06/2011

Por todas as noites, durante todos os dias da minha vida, em todos os lugares do mundo - eu procurei alguém como você. E você esteve ao meu lado, esperando por mim o tempo todo. 


Pequenas lembranças em uma árvore.

Clarissa tinha nove anos e era uma menina sonhadora. Passava horas no seu quarto e ela o chamava de “Meu Mundinho”. No ‘seu mundinho’, tinha tudo o que uma criança gostaria de ter. Muitos brinquedos, de vários tipos: jogos de carta e de tabuleiro, bonecas, casinhas de bonecas, castelinho, barraquinha de camping e até vídeo game, que suas amiguinhas diziam ser brinquedo de menino. Mas ela adorava os joguinhos para vídeo game que sua tia trouxera de viagem. Além de brinquedos, tinha uma estante com uma grande televisão e vários filmes, principalmente de animação e romance. Ah, ela adorava os filmes de romance. Sempre chorava nesses filmes e se imaginava no lugar da protagonista. Ela estava apaixonada.
Embora fosse uma menina de nove anos de idade, ela entendia muita coisa sobre a vida e sobre as pessoas. Entendia até coisas que nem um adulto poderia entender. Sabia que tinha nascido em um berço de ouro, como muitos diziam por aí. Sabia que tinha verdadeiras amigas e que também tinha as interesseiras.
Mas apesar de adorar viver em ‘seu mundinho’, Clarissa adorava andar pelo enorme jardim que tinha em sua casa. Ali ela podia respirar um ar puro e real, diferente do ar artificial que havia no ‘seu mundinho’. Tinha uma árvore que era muito especial para Clarissa. Era embaixo daquela árvore que ela fazia piqueniques com seu amado. Foi para a tal querida árvore, relembrar dos dias que se divertiu com Abel, pois fazia alguns dias que ela não o via e estava com saudades.
Um pouco mais tarde, Abel, seu primo, chegou com sua família à casa de Clarissa. Os pais dela chamaram-na para cumprimentar as visitas. Seu coração disparou ao vê-lo. Era sempre assim que ela se sentia. Não entendia o que era isso, mas ao assistir tantos filmes de romance descobriu que aquilo era amor. Ela se perguntava como podia amar naquela idade, se ela só tinha nove anos. Não sabia por que, mas sabia que sentia. Tinha vergonha de falar com alguém sobre isso, até mesmo com suas amigas.
Os pais dos dois foram para a sala de estar conversar e Clarissa chamou Abel para fazer o piquenique de sempre, embaixo daquela árvore. O que ela não imaginava era que Abel sentia o mesmo que ela há tempos. Foram até a cozinha e prepararam a cesta, com muitos doces, sucos e frutas. Eles sabiam fazer um piquenique saudável, pois, como Abel dizia, “Combina com a natureza”.
Ao chegar embaixo da árvore, Abel forrou a grama com a mesma toalha dos piqueniques anteriores, azul e branca, com flores vermelhas. Clarissa foi retirando as comidas e colocando sob a toalha, organizando do jeito dela; copos e sucos de um lado, doces e frutas do outro. Ela estava bem entusiasmada, principalmente por que estava ao lado do seu amado. Já Abel estava um pouco triste e só depois Clarissa notou sua tristeza.
- O que foi, Abel? Não é essa a geléia que você gosta? Eu busco outra.
- Não é isso, tá tudo ótimo, mas... É que meus pais vieram hoje para se despedir dos seus. Vamos nos mudar. – Pronunciou as últimas palavras sem olhar nos olhos dela.
- Mudar? Isso é besteira. Vocês sempre se mudaram para perto. E podemos nos ver como sempre fizemos.
- Dessa vez é diferente. Vamos para o sul, para outro estado. É muito longe.
E lágrimas caíram dos olhos dos dois. Clarissa não pôde se conter e abraçou fortemente Abel, como nunca havia abraçado antes. Ele retribuiu o abraço entre choros e soluços. Clarissa sentiu que aquela seria a última vez que iam se ver durante meses, talvez anos e revelou honestamente o que sentia por Abel.
- Você não pode ir embora sem mim, Abel. Eu gosto de você.
Ele não respondeu. Deu-lhe um selinho demorado, afirmando para ela que também sentia o mesmo. Ela não hesitou; deixou que ele lhe desse o primeiro beijo de sua vida, no seu cantinho especial. Depois do beijo, eles sorriram em meio às lágrimas e suas bochechas coraram. Mesmo com a tristeza estampada em seus rostos, continuaram o piquenique, como se nada houvesse acontecido.
Meia hora depois, os pais de Abel apareceram no jardim chamando-o para ir embora. A vontade de ficar mais um tempo passou pela cabeça de Abel, mas sabia que não seria realizada. Segurou na mão de Clarissa e se despediu com o olhar triste.
Clarissa, triste e deprimida, correu para o ‘seu mundinho’. Ficar embaixo daquela árvore, sem Abel ao seu lado, era o fim para ela. Chorou em seu travesseiro por horas e não abriu a porta para ninguém, nem para a sua querida babá. Nada, nem mesmo suas bonecas e seu vídeo-game, excluía a tristeza do seu coração.
Já era noite e sua mãe bateu na porta, chamando-a para o jantar. Ela disse que não estava com fome e que não ia sair do quarto naquele dia. Depois de alguns minutos, sua mãe voltou a bater na porta e disse que ia deixar a bandeja em sua porta, caso ela quisesse comer.
Clarissa se recompôs algum tempo depois e abriu a porta do quarto para pegar a bandeja que sua mãe havia deixado ali. Era salmão, com purê de batatas e risoto, sua comida preferida. Mesmo frio, ela comeu o prato em menos de cinco minutos. A limonada estava aguada por que o gelo tinha derretido, mas mesmo assim ela bebeu sem fazer careta.
O dia já havia raiado e Clarissa ainda estava no ‘seu mundinho’. Acordou no tapete, ao lado de suas bonecas e almofadas. A TV estava ligada. Pelo jeito, dormiu tentando assistir a alguma coisa, provavelmente um filme de romance. Abriu a porta e foi descendo as escadas, ainda de camisola, quando a sua babá chamou-a depressa.
- Clarissa, desce logo aqui. Tem uma linda surpresa lá fora para você.
Ela não estava entusiasmada e desceu as escadas lentamente. A babá guiou-a até a sua árvore preferida. Quando ela olhou para a árvore, viu que estava toda enfeitada, com pássaros brancos de papel. Olhou admirada e perguntou quem tinha feito aquilo.
- Os pais de Abel passaram hoje aqui, cedinho, antes de irem para o aeroporto. Eles não iam passar, mas Abel insistiu muito. Eles disseram que Abel passou a noite toda construindo esses pássaros e pediu pessoalmente para o jardineiro colocá-los nessa árvore. Não é incrível, Clarissa?
- É, é sim. – Disse isso ainda admirando a sua árvore. Ela pediu ajuda a babá e subiu na árvore. Ficou sentada em um galho, olhando os pássaros em sua volta, com olhar de tristeza e ao mesmo tempo de saudade, com a lembrança de Abel e seu primeiro beijo.


CONTINUA NO TEXTO ABAIXO ...

Novas lembranças em uma árvore.

Já se passaram oito anos e Clarissa não era mais a mesma. Usava maquiagem preta nos olhos e tinha o cabelo tingido de verde. Não fazia isso por que gostava realmente, mas adorava causar encrencas, principalmente com seus pais. Já não mais existia o ‘seu mundinho’, agora o nome que ela havia dado era “City Hell”, com o título estampado numa grande placa roxa com letras em neon, na porta de entrada. Seus pais achavam um absurdo. “Crianças têm de crescer um dia”, assim pensava Cris, sua “babá-ex-babá” (era assim que Clarissa a chamava). Mas aos poucos, eles iam se acostumando com a nova personalidade de Clarissa.
Cris sempre tentava um diálogo decente, mas Clarissa não dava muito à mínima. Esbravejava palavras de baixo escalão, para atentar seus bons ouvidos. Cris se indignava e tentava não escutar, colocando as mãos no ouvido. Mas certo dia “enfrentou” Clarissa cara a cara para contar-lhe uma novidade, que certamente ela gostaria de saber.
- Sabe quem está chegando aqui, por esses dias, Claris? – Soltou um olhar malicioso, que Clarissa não entendeu muito bem.
- Diga logo, sua pequena tagarela, que eu não tenho tempo para mistérios.
- Ficou curiosa, pequena Claris?
- Sabe que eu não gosto quando me chama assim. – Fez cara de zangada. – Se não vai dizer, então não vou perder mais meu tempo aqui com você, Babá-ex-babá. – E foi caminhando em direção às escadas, quando parou para ouvir o que Cris começava a dizer.
- Quanta brutalidade, pequ... Claris. Ouvi dizer, por aí, enquanto eu estava fazendo meu trabalho, sabe, enquanto eu limpava as estantes da Biblioteca, que o senhor Abel está chegando na cidade, dessa vez para ficar. Todos sabem que ele sonha em se formar em Jornalismo e o melhor curso do país, fica na faculdade daqui. Não estou certa, Claris?
- E quem seria esse, BABÁ? – Lançou um olhar ardente, com uma das sobrancelhas levantas, para Cris. A ironia era um dos pontos fortes dela.
- Ora, não se finja, Clarissa. Sabe muito bem quem ele é. Até eu, que tenho esse cérebro de formiga, lembro do menino.
- Provavelmente não é mais um menino. – Disse para si mesma, num tom de voz muito baixo, com os olhos absortos.
Clarissa foi para o ‘seu mundinho’, que agora era o “City Hell”, para refleti um pouco. Ela tinha namorado vários garotos, mas nenhum foi tão especial para ela quanto Abel. Seria estranho o reencontro. Ela não sabia como ele era (pois muitos anos haviam se passado): se magro ou gordo, careca ou cabeludo, não sabia. As correspondências foram diminuindo com o passar dos anos. Cartas e fotos já não eram mais enviadas. E o pequeno grande amor se transformou em apenas lembranças.


Finalmente o dia chegou. Abel estava na cidade, há poucos quilômetros da casa de Clarissa. Os pais dela iriam pegá-lo no aeroporto e ele passaria uns tempos na casa, antes de se mudar para o apartamento que os pais dele se dispuseram a comprar. Clarissa tentava não parecer nervosa, mas Cris havia notado.
- Claris, oh, Claris! Tá nervosa, querida?
- Não enche o saco, boi!
- Xiii! Não tá mais aqui quem falou. – Mas Clarissa não chegou a ouvir essa frase, pois subiu rapidamente as escadas em direção ao seu quarto.
Decidiu que precisava parecer apresentável para Abel. Tirou e colocou diversas roupas, até que achou o shortinho que ela havia usado no último piquenique. Queria usá-lo, para ver se ele lembraria, mas não coube. “Alô, Clarissa, você cresceu!”, disse para sua imagem no espelho. Enfim achou uma roupa que lhe fez se sentir perfeitamente bem. Um vestido florido, com babados na borda. Achou-se um pouco infantil, mas parecia propício para o momento. Não queria que ele a visse com o cabelo da cor de ‘lodo’ e o pintou com uma tinta preta que tinha de reserva. A contradição em seu visual ia chocá-lo. Infantil e selvagem.
Desceu as escadas e tentou ser mais natural possível. Como não agüentou esperar, foi para o jardim e finalmente sentou-se na sombra da árvore, daquela árvore. Fazia algum tempo que não sentava por ali, pois não gostava das lembranças que rondava aquele local. De repente, se viu com nove anos, chorando em cima de um galho da árvore. Sua visão estava turva de tanto que havia lágrimas. Não queria sair dali de jeito nenhum. Queria ficar na companhia dos pássaros de papel que Abel tinha feito para ela. Riu-se da ordem que negou à sua mãe, por não querer descer. Ali, à sombra da árvore, adormeceu, esperando por Abel.


Quando acordou, o sol estava se pondo. Notou que não foi apenas um cochilo, mas uma soneca de duas horas. Parecia que tinha acordado de uma grande ressaca, pois seu corpo estava dolorido e sem forças e mal conseguia abrir os olhos. “Será que Abel já chegou?” Foi o seu primeiro pensamento ao acordar. Entrou em casa, procurando por alguém que lhe informasse sobre a chegada de Abel, mas parecia não ter ninguém em casa. Chamou por Cris e os outros empregados, mas nem sinal. Decidiu então ligar para seus pais, para saber o que tinha acontecido, mas nenhum dos dois atendia. Teve uma repentina sensação estranha, mas logo se desfez com seus pensamentos de possibilidades. “O voo pode ter atrasado. Ou eles podem ter ido a algum restaurante. Seria ousadia ir sem mim. Essa possibilidade está descartada. Hm, eles podem ter ido visitar alguém, ou até mesmo ter ido ver o apartamento onde ele vai morar. Seria outra ousadia. Não gosto de ser excluída das coisas...” E ficou discutindo com si mesma, até que não agüentou ficar sem respostas e foi para o “City Hell”.
Chegando em seu quarto, viu pela janela uma iluminação fraca, vinda do jardim. Tentou discernir o que estava vendo, mas não foi capaz. Ficou com medo, pois não tinha ninguém em casa e poderia ser algum assaltante ou serial killer. Esses pensamentos lhe deram mais terror ainda, porém alguma coisa lhe dizia para ir até lá e ver com os próprios olhos.
Desceu cautelosamente as escadas, escutando seus pés tocando o chão. Caminhou devagar até o jardim e deu de cara com sua árvore preferida enfeitada com pássaros de papel coloridos. Aproximou-se da árvore e percebeu que havia alguém atrás dela. Contornou a árvore e seus olhos se cruzaram com uns olhos negros. Estava um pouco escuro, Clarissa não podia ver o rosto, mas só pelo olhar, sabia quem era. Era Abel. Mais forte, mais alto, mais velho. Por alguns instantes, ficaram se olhando. Qualquer palavra quebraria aquela conexão entre os olhares dos dois. Ela sorriu e ele lhe sorriu de volta e abraçaram-se.
- Nossa, Abel, como você está... Diferente. – Foi a primeira coisa que conseguiu dizer depois dessa troca de olhares. Ela ia dizer lindo, mas as palavras não saíram de sua boca. Ainda estava encabulada, mas estava tentando ser natural.
- O tempo passou, Clarissa. E você, hein? Mudou bastante. Não imaginava que ficaria tão alta.
- Fruto da genética. – E os dois riram e Clarissa desviou um pouco o olhar. – Como chegou aqui? Como colocou esses pássaros na árvore em tão pouco tempo? E como sabia que eu ia voltar aqui?
- São muitas perguntas para um recém chegado. Mas vou responder sua curiosidade. – Parou um instante e continuou. – Meu voo atrasou, acho que você percebeu isso. Seus pais esperaram muito tempo por mim e estavam atrasados para pegar uma encomenda. Quando eu cheguei, nem deu tempo de nos cumprimentarmos, fomos direto pegar a tal encomenda. Eles me deixaram aqui e foram para algum lugar, eu não sei para onde.
- Tentei ligar para eles, achei que tinha acontecido algo grave, sei lá.
- Você continua boba, né? Bem... Eu cheguei na hora que você se levantou daqui. Você saiu cambaleando um pouco e eu percebi que você tinha cochilado. Provavelmente estava a minha espera. – Sorriu.
- Me poupe, viu? Eu, esperar você? – E ficou sem ter o que dizer. – É que... Bem, o vento tava gostoso e acabei dormindo. Sim, continue. Quero saber mais.
- Aí quando você se levantou e foi em direção a casa, não poderia desperdiçar a chance. Eu fiz os pássaros na viagem, mas não imaginava poder colocá-los antes de te ver. Eu mesmo coloquei e nem foi difícil. E eu poderia esperar até amanhecer aqui, só para poder te fazer essa surpresa.
- Isso tem a ver com o sumiço dos empregados?
- Ah, seus pais os dispensaram.
Sentaram-se embaixo da árvore e continuaram a conversar. Falaram sobre o que fizeram nesse tempo, sobre a escola, os planos para o futuro, entre outras coisas. Abel não desviava o olhar um momento sequer, diferente de Clarissa, que não tinha muita coragem para isso.
- Clarissa, eu queria te confessar uma coisa. – E seus olhos novamente se encontraram. – Todas as pessoas que fizeram parte da minha vida, nenhuma fez apagar você da minha memória. Você pode não acreditar, mas eu nunca consegui de esquecer. Sei que éramos apenas crianças, mas eu sempre tive certeza do que eu sentia. – Ela o ouvia sem falar uma palavra. – Diversas vezes me pegava pensando em você, quando beijava outra garota. Eu tentava ver você nela, mas eu tinha poucas lembranças de sua fisionomia. Eu lembrava daquela criança meiga, carinhosa e adorável que você era. E tentava imaginar como você era, como estava crescida e mudada. Mesmo com todo esse tempo e essa mudança, você continua linda e é como eu imaginava... O que eu sinto por você não tem explicação. Já tentei me responder, mas não sei. Mesmo sem te ver durante esse tempo, eu... Eu... Continuo te amando. – Os olhos de Abel brilharam ao proferir essas palavras. – Diz alguma coisa, Clarissa! Eu não cons...
Clarissa não disse nada. Dessa vez, tomou o papel de Abel. Beijou-o com fervor, com paixão. Estavam tão entregues àquele momento que seus corpos falavam por si sós. Ali selaram o amor de tantos anos. Entregaram-se de corpo e alma, fazendo amor pela primeira vez, entre sussurros e declarações, embaixo daquela árvore.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

My immortal

Era estranho e ao mesmo tempo doce, o modo como ele olhava a garota estranha, que sempre passava pela frente da sua casa. No inicio ele nem repara bem nela, afinal, ela não era o tipo de garota que chamava tanta atenção, ela era do tipo que caminha olhando para o chão, tropeça as vezes, sempre com o ipode e um livro nas mãos. Sem duvidas, existiam milhares de garotas mais bonitas e mais interessantes que ela, mas aquela garota tinha algo especial, algo que só ela tinha, e ele sentia uma vontade imensa de penetrar no mundo dela. Aos poucos ele começou involuntariamente a espera-la passar, ele tinha que saber o nome da sua "garota ímpar", era assim que ele a via. Os dias se passaram, e ele já conhecia os seus trejeitos, as manias e ate alguns defeitos, ele sentia que ela era o que ele precisava, mesmo não a conhecendo pessoalmente.Um dia ele acordou, cheio de alegria e com uma vontade imensa de falar com ela, e então a esperou durante duas horas, ate que ela passou, e ele respirou fundo, tomou coragem e caminhou ate ela e disse:
- oi
- oi
- esta quente hoje não é ?

E ela sorriu, um sorriso com um som bobo e os olhos fechados, e ele pensou ( eu sou mesmo um idiota, tanta coisa a dizer e logo isso), mas ele ficou ainda mas feliz depois que ela sorriu, o sorriso dela foi uma ponte para os pensamentos dele voltarem ao lugar. A parti dai eles começaram a se encontrar e a conversar todos os dias, na mesma hora e no mesmo lugar, ele a esperava ansiosamente, afinal ela despertava sensações tão boas nele, então de alguma forma ele sabia que ela iria fazê-lo feliz.

O amor reciproco nasceu para eles,
e nada mais era preciso, eles estavam juntos e felizes, era o bastante. Ate o dia em que ele a esperou na janela, e passaram-se horas e ela não apareceu, não passou e não ligou. Passaram-se mil coisas na cabeça dele, ele ligava no celular dela e sempre ia para a caixa postal, e isso se repetiu durante dias, mas ele sempre ficava no mesmo lugar e na mesma hora. A falta que ela fazia a ele, era imensa e muito dura, chegava a doer, a machucar e de vez enquanto uma lágrima ligeira caia sobre a face dele. Houve um dia em que ele resolver ir procura-la, afinal ela fazia um curso bem perto do local onde ele morava, e ele precisava desesperadamente saber porque ela havia sumido dessa forma, então ele foi ate lá e perguntou por ela, conseguiu com que dessem o endereço dela a ele, e foi ate sua casa. Chegando lá, ele viu uma senhora na porta e foi logo pergunto por sua garota ímpar, para sua surpresa a senhora começou a chorar e ele ficou sem saber o que fazer, ou o que pensar. A senhora disse :
- então era você !
- eu ?
- então você era o rapaz por quem a minha filha se apaixonou ? -
e os olhos dele se encheram de lágrimas. Mas espere ai, ela disse essa frase no passado, então ele perguntou:

- onde ela esta?
- ah meu filho, eu sou mãe dela e eu sinto lhe dizer que Laura não esta mais entre nós, ela sofria de uma grave doença relacionada ao coração e a algumas semanas atrás ela teve uma recaída muito forte e não resistiu , mas pediu pra que eu entregasse essa carta a você.Ele não podia acreditar que o seu amor tinha partido, e que talvez ele não a encontrasse mais...

A senhora lhe entregou a carta e ele imediatamente a abriu, a carta dizia:

- Pedro, meu grande amor. As melhores horas da minha vida eu passei ao seu lado. Eu creio que não vou ter tempo de ser feliz pra sempre com você, mas saiba que eu fui infinitamente feliz ao seu lado, durante todo o tempo que passamos juntos.
Eu sei que se você ler essa carta, quer dizer que eu não vou mais estar ai pra ver você sorrir. Mas lembre-se sempre que eu te amei mais que a mim, e que eu realmente tinha a pretensão de te fazer feliz. Perdoe-me por não poder estar ai segurando as suas mãos, mas não se preocupe e nem fique triste por minha partida, eu sempre vou estar por perto cuidando de você e um dia nós vamos nos encontrar novamente e terminar essa linda história de amor, que sempre será só nossa.
beijos, da sua garota ímpar.

Pedro quase pôde senti-la ao seu lado naquele momento, e a parti deste dia, ele soube que o amor era imortal.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Roda gigante, roda moinho, roda da vida...



Vivemos incansavelmente para atingir estágios em nossas vidas. A preocupação nos corrompe, levando-nos ao esquecimento e as atitudes mal pensadas nos leva direto á conseqüências inesperadas.
É por isso que vivo um agora minuciosamente calculado... Extraio aprendizados, diminuo erros, multiplico amizades, divido valores e no final somo tudo e fraciono com aqueles que precisam.Não busco de um novo ano uma nova vida, tudo continua como antes. Mudam apenas os números, mas continuam as expectativas.

domingo, 19 de junho de 2011

...

Não sei se está certo. E muito menos quando está errado. Só sei que tenho de escrever. Dizer, mal-dizer, querendo dizer. O que me falta, o que me tem, o que eu tenho. Mas dizer. Dizer o quanto a dúvida se aconchega aqui dentro e quando chega é sempre pra ficar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ao contrário


- Nossa!... Que lugar lindo! Eu nunca tinha vindo aqui! É, uau... simplesmente perfeito.
Eu comentava feito uma criança, entretida com a vista mais linda que já havia me deparado da cidade. Era um previlégio! Dava para se ver tudo, todas as luzes e todas casas. A cidade corria lá embaixo enquanto nós permaneciamos apenas observando daqui de cima. Eu, maravilhada com tamanha plenitude, olhei pra Heitor e deparei com ele me olhando com um sorriso intrigante.
- Incrível, não me lembro de nenhum lugar com uma vista tão espetacular como essa...
- Não? - Ele arqueou as sombrancelhas em um tom de surpresa que me fez duvidar dos meus neurônios. Olhei de novo para a paisagem e vasculhei minha memória.
- Hm... Não, não que eu me lembre.
Aquele sorriso de novo. O que ele queria?
- Que foi? - Sorri junto, meio boba e desconfiada pela malícia que brilhava e crescia em seus olhos.
- Claro que você se lembra daqui... É onde te pedi em namoro. Hoje.
Antes que eu pudesse gaguejar qualquer palavra Heitor aproximou-se de mim, seu corpo fazendo meus pêlos arrepiarem, sua respiração forte e entrecortada, seu olhar atravessou minhas órbitas e me deixou nua até a alma, e seu perfume marcante fez com que uma nova onda de arrepios passasse por mim. Ele ergueu sua mão até minha nuca e, a partir de então, não me lembro de sentir um beijo tão cheio de amor, e uma mão tão forte e carinhosa sobre mim.
Éramos mais nossos do que fomos algum dia.

Passamos pela avenida principal costurando entre os veículos e a noite fria. Eu estava amando toda aquela insanidade. E desejei que Heitor lembrasse o quanto eu era apaixonada por velocidade.  E ele lembrou. Acelerou mais, deixando os faróis, as luzes, as buzinas e os xingamentos alheios para trás. O mundo passava feito um borrão à nossa frente e o vento brincava com meu cabelo, serpenteando-o no ar. Mesmo correndo loucamente, sentia-me totalmente segura agarrada a ele. Esqueci do mundo.
Mergulhei em meus pensamentos, perdi dentro de mim mesma procurando o começo desse amor e o avanço da nossa amizade. Estava tão entretida que mal notei que estávamos desacelerando e que finalmente havíamos chegado ao tal lugar.
Soltei rápido de Heitor, recobrando meu raciocínio e voltando à atualidade. Ele ainda era meu melhor amigo! Entretanto me arrependi em seguida. A sensação daquele abdômen definido inundou minha mente e senti minhas mãos formigarem de êxtase. Mas meu estômago se contraiu quando o pensamento que ele era meu amigo brilhou em minha mente de novo. Estava começando a traçar uma luta mental sobre aquela situação.
- Vamos? – Heitor disse tocando em minha mão e, mesmo hesitando, abriu um lindo sorriso.
Seu toque fez todos os pensamentos desaparecem e a curiosidade aumentar. Aonde iríamos, afinal?
- Claro! – Respondi encantada com seu sorriso. Então ele guardou nossos capacetes e me guiou.
Heitor era lindo, seu sorriso provocava covinhas e seus olhos mesmo apertados brilhavam como faíscas. Naquele instante tomei conta de como não havia realmente reparado nele. Talvez só naquele instante percebi o quanto ele era adoravelmente lindo.
Estávamos numa área afastada do centro, bem próxima à serra. Andamos alguns passos pela grama baixa e subimos um pequeno morro, então fiquei sem ar. Meu coração batia solto dentro do peito, assim como eu me sentia vendo toda a cidade aos nossos pés. 

Não era amor ( Trecho de Divã )


Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ontem e Amanhã

Hoje vou apagar do meu calendário dois dias: 
Ontem e amanhã! Ontem foi para aprender! Amanhã será uma consequência do que posso fazer hoje... Hoje enfrentarei a vida com a convicção de que este dia nunca mais retornará. Hoje é a última oportunidade que tenho de viver intensamente... Hoje terei coragem para não deixar passar as oportunidades que se apresentam, que são as minhas chances de triunfar! Hoje vencerei cada obstáculo que surgir no meu caminho! Resistirei ao pessimismo e conquistarei o mundo com um sorriso... Com uma atitude positiva... Esperando sempre o melhor! Hoje usarei o tempo para ser feliz! Se você carimbar em si mesmo a ideia de que as coisas são difíceis, provavelmente elas serão. Quando se repete continuamente 'eu não posso' ou 'eu não vou conseguir', as chances de que isso realmente aconteça são bem grandes. portanto, para permanecer longe da influência dos comentários e visões pessimistas dos outros, ative o seu potencial otimista.Uma pequena chama em uma sala escura é muito mais forte do que toda a escuridão.

Têm um Sonho? Não desanime ... Lute!

Uma de muitas coisas que fazem parte da vida das pessoas desde quando elas nascem são os sonhos. Alguns casos eles nos motivam a viver e outros são apenas sonhos... Algo tão imprevisível mais tão motivador e difícil de tornar realidade ou ate mesmo de explicar, e de tudo isso ao mesmo tempo, tão confuso. Os sonhos são uma espécie de vontades reprimidas, algo que você deseja muito. Às vezes você deseja algo tão difícil ou algo que parece estar tão distante, tão fora do alcance que de tanto tentar acaba desistindo dele, por mais que seja algo que você realmente queira muito. Mais é ai que esta o erro que muita gente comete, os sonhos são para serem sonhados e depois de muito batalhados, realizados. Tudo na vida deve ser batalhado para depois obtido, e não podemos não esquecer que existem muitas barreiras, muitos obstáculos pelo caminho, mais mesmo assim não podemos desistir logo no primeiro de muitos que virão. Antes de tudo temos que determinar bem qual é o nosso sonho e logo pensar em uma forma fácil, pratica e rápida de torná-lo realidade, e se não houver essa forma tão desejada por todos, lute mesmo assim! Muitas vezes costumamos errar em nossas escolhas, não pensamos nas conseqüências e nem se evolvem outras pessoas ou não, somos um tanto que egoístas quando se trata de algo do nosso interesse próprio, essa característica é comum em muitas pessoas. A vontade de ter um sonho realizado às vezes pode ser apenas uma vontade qualquer algo que não faça tanta diferença assim como a vontade de tomar um sorvete, mais pode ser também algo incontrolável só que mesmo assim não é algo que esteja na mente 24h por dia, é sempre lembrado, obvio, mas mesmo assim acabamos nos distraindo com outras coisas e às vezes ate esquecendo desses sonhos que no dia que descobrimos que eles existiam não parávamos quietos de tanta vontade de torná-los realidade de alguma forma bem rapidinha e bem fácil porque a preguiça ou ate mesmo a falta de tempo hoje em dia é muito freqüente, qualquer coisa é mais importante do que realmente correr atrás dos sonhos, dos nossos próprios sonhos. Às vezes pode acontecer também de estar quase lá, seu sonho ali, bem pertinho de você, como você nunca imaginou, mais derrepente surge de novo outro obstáculo e parece que tudo foi por água abaixo e que acabou tudo por ali, mas é exatamente nessas horas que devemos nos superar e sermos mais fortes do que qualquer coisa, temos que literalmente correr atrás do que queremos, porque se nos mesmos não fizermos isso ninguém mais vai poder fazer por nos. Você é mais forte do que qualquer obstáculo que possa surgir, trata-se de fixar uma meta e lutar por ela ate você conseguir, pode ter certeza que vai cair muitas vezes nesse caminho que pode ser longo ou não mais a cada vez que cair se levante mais forte e mais confiante, porque vai estar mais próximo de seu sonho e o futuro espera por você. Você deve confiar... Confiar em você mesmo, na vida, nas pessoas porque o poder da confiança que é superior a qualquer outro que você já tenha conhecido. Ela lhe dá valor para superar seus temores, lhe da força e ânimo para não se render, enfim lhe da tudo para você se tornar uma pessoa vencedora. Nunca desista, você consegue. Por fim, em seu interior há um desejo intenso que o leva a alcançar seus sonho. Encontre seu objetivo e confie em sua pontaria.

sábado, 4 de junho de 2011

Diário da Vida

Cada dia é uma página em branco no diário da sua vida. 
A caneta está em suas mãos, mas as linhas não serão todas escritas 
da forma como você escolher.
Algumas virão do mundo e das circunstâncias que o envolvem. 
Mas, muitas coisas estão no seu controle e, sobre isso, há algo especial que você precisa saber.
Escreva o diário e preencha as páginas com palavras vindas do seu coração.
Siga seus sonhos.
Trabalhe com empenho.
Seja bom.
É tudo que alguém pode pedir.
Divirta-se.
Encontre força.  
Seja verdadeiro.
Tenha fé.
Não se concentre, nem perca tempo, com as coisas que você não tem.
Dedique um espaço especial aos amigos.
Perceba que as pessoas são um tesouro na vida. 
Descreva, no seu diário, o que você faz de melhor.
Logo você vai descobrir como a vida é bela.
E, nem sempre, a gente percebe isso.


Como você escreverá o dia de hoje? Só depende de sua vontade que a página do dia de hoje no Diário de sua Vida seja uma bela recordação no futuro. Se soubesse que só iria viver mais um dia, o que faria? Sem dúvida, elevaria o seu pensamento em Deus. Desfrutaria os raios de sol, a suave brisa, a alegria dos seus filhos, o amor do(a) seu (sua) parceiro (a), tantas bênçãos que a vida põe ao alcance de nossas mãos e que muitas vezes não sabemos valorizar. Desfrute este novo dia, faça um inventário de todas as coisas boas que existem em sua vida e viva cada hora com ânimo, dando o melhor de si. Não prejudique ninguém, sinta-se feliz por estar vivo, de poder presentear um sorriso, de oferecer sua mão e sua ajuda generosa. Nunca é tarde para mudar o rumo e começar a escrever páginas de felicidade e paz no Diário da Vida. Agradeça a Deus pelo presente que lhe dá hoje e pela oportunidade de converter este dia em uma página bela do Livro de sua existência. Lembre-se que apesar de todas as situações adversas, está unicamente em suas maõs viver o dia de hoje...como se fosse o primeiro, o último ou o único no Diário da sua Vida. Que todos os seus dias sejam felizes e cheios de muita paz!

Trem da Vida



“Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina na mão…” 
A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando. Porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho… Porque pensa que não é importante. A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas.
Pesa demais…
Então você pode escolher:
Ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil.
Pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.
Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas o que tirar?
Você começa tirando tudo para fora, e vendo o que tem dentro…
Amizade…
Amor…
Amizade…
Amor…
Amor…
Amizade…
Nossa! Tem bastante, e curioso… Não pesa nada!
Mas tem algo pesado… Você faz força para tirar…
É a raiva, como ela pesa.
Ai você começa a tirar, tirar, e aparecem à incompreensão, o medo, o pessimismo…
Nesse momento, o desânimo quase te leva para dentro da mala…
Mas você puxa-o para fora com toda a força,
e aparece um sorriso, que estava sufocada no fundo de sua bagagem…
Pula para fora outro sorriso e mais outro, e ai saem à felicidade…
Você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza…
Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois você vai precisar bastante…
Procure então o resto:
Força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância, bem humor…
Tira a preocupação também, e deixa de lado. Depois você pensa o que fazer com ela… Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo! Mas pensa bem o que você vai colocar lá dentro!
Agora é com você… E não se esqueça de fazer isso mais vezes…
Pois o caminho é Muito, muito longo.

Aleatoriedades sobre beleza e conteúdo .

Se você só tem beleza e é como uma tambor, oco por fora e bonito por dentro. Você não é NADA.
É bom ser bunito, é bom ser charmoso e é bom ser burro ?
Beleza é fundamental ?
As vezes sim, as vezes não.
E conteúdo é fundamental ?
Eu respondo .. SEMPRE .
Do que adianta ser bonito e ser burro ?
Você só terá ''status '' . Somente !

Agora se você é burro, feio e sem conteúdo;
Me desculpe, mas você não tem futuro.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

-

O afeto não desmancha.
Assim como prevalece
A saudade na lembrança.
Daquilo que não se esquece.
Da memória não se arranca.
Esse sentimento de culpa
Essa vontade de esperança.
Quando você se perde
Dentro de si mesmo.
Divaga entre tantos sentimentos
Que acaba errando os pensamentos;
Porque é estranho se sentir diferente
Espera-se que não seja, mas mexe com a gente. 

Agora leia de baixo pra cima, rs !