sábado, 19 de março de 2011

Caixinha Cardiológica.

Guardo em meu coração vários sentimentos. Que se divide em várias partes, das coloridas às neutras, das felizes às tristes.
Que mesmo pequeno, abriga emoções e razões pelas quais eu não quero abrir mão. 
O cheiro da sopinha e do danoninho a habitam, as brincadeiras também. A primeira professora, as amizades inocentes, o primeiro beijo e o primeiro amor também se sentem confortáveis aqui dentro.
As mágoas se residem, tornando meu coração favorável, firme e forte para receber outras e enviá-las para lá também.
A inocência e a malícia se confrontam dentro deste espaço, enquanto o amor e o ódio se amam e se odeiam fortemente, tão igual quanto a minha relação com algumas pessoas.
Ele permanece aberta, durante mil cento e quarenta minutos por dia, esperando por novas experiências, emoções e situações.

A profundidade dessa coisa dentro de mim é tão grande que alcança meus sonhos, que transmite lá de dentro a mistura da composição desse cubo camuflado com meu olhar e com meu sorriso diário.
Ao todo, só existe uma parte que se mantém aberta durante muito tempo e que quando se fecha, nunca mais se abre ,ou quase nunca .
Chamada de amor verdadeiro, essa parte se mantém trancada para que não sobre nenhum vestígio de algo que possa ser mais verdadeiro além da sinceridade que ali habita.


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